quarta-feira, 25 de julho de 2007

As meninas de Castro Laboreiro... outra vez!

Há tempos publiquei um post com o texto “As meninas de Castro Laboreiro” de José Saramago. Hoje deixo aqui uma análise a esse texto, feita no site do Núcleo de Estudos dos Montes Laboreiro:

"Ao chegar a Castro Laboreiro, José Saramago registou:

‘Castro Laboreiro chega sem avisar, numa volta da estrada. Há ali umas casas novas, e depois a vila com o seu trajo escuro de pedra velha. Bons de ver são os botaréus que amparam as paredes da igreja, restos românicos da antiga construção, e o castelo, nesta sua grande altura, com a única porta que lhe ficou, a do Sapo, alguma coisa daria o viajante para saber a origem deste nome’.

Comentário:

O prémio Nobel da Literatura comete dois erros neste curto parágrafo.

Primeiro, os botaréus que amparam as paredes da igreja matriz de Castro Laboreiro foram construídos nos finais do século XVIII, por isso, nunca poderiam ser restos românicos da antiga construção.

Segundo, o castelo de Laboreiro ainda preserva as três portas para o exterior – a do Sapo, a do Sol e a da Fonte – e a porta interna da vila. Por isso, tudo leva a crer que Saramago escreve com base na impressão que, como qualquer visitante, colhe do miradouro do final da Vila (donde apenas se vislumbra a porta do Sapo), sem ter palmilhado a árdua subida até à fortaleza”.

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