"O Inverno foi quente, com quase dois mil incêndios, e não augura um Verão sossegado. Políticos e bombeiros estão preocupados com o que aí vem, pois alguns comportamentos de risco permanecem, como por exemplo as queimadas feitas em dias de calor. E, em ano de eleições, muitos fogos podem fazer perder muitos votos. Ontem, o dia voltou a ser negro.
Só na última semana registaram-se mais de mil incêndios em todo o território. Um número superior aqueles que tinham deflagrado desde o início do ano, 898. Estas estatísticas aproximam-se, perigosamente, das de 2005, quando o País viveu um dos piores anos de sempre, e já levaram a Liga de Bombeiros Portugueses a deixar o alerta. "Este vai ser um ano preocupante, muito diferente dos últimos dois", disse ao DN o presidente Duarte Caldeira.
O dia de ontem veio reforçar ainda mais a preocupação, com mais de uma dezena de fogos no Norte e Centro do País. As chamas voltaram a rondar a Mata de Albergaria, no Gerês, e no distrito de Viseu obrigaram até a cortar uma estrada nacional.
No Parque Natural da Peneda Gerês, diversos fogos fustigaram durante horas, e de forma descontrolada, vários concelhos dos distritos de Viana do Castelo e Braga. As queimadas são agora a maior preocupação, dadas as altas temperaturas, garantem os bombeiros.
O incêndio mais grave registou-se em Terras de Bouro, junto à Mata da Albergaria, zona com o estatuto de reserva europeia da biodiversidade, constituída por um carvalhal secular que inclui espécies características da fauna e flora.
A combater as chamas chegaram a estar 70 elementos dos bombeiros, GNR, sapadores florestais, eInstituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade, bem como uma dezena de bombeiros espanhóis e um helicóptero Kamov.
No distrito de Viana do Castelo, uma centena de pessoas combateram três grandes focos que destruíram mato em pleno parque, entre os concelhos de Melgaço, Ponte da Barca (Soajo e Paradela) e Arcos de Valdevez (Parada).
"Ao final do dia a situação mais complicada era em Melgaço, na zona de Castro Laboreiro. Não está fácil, porque é uma zona de difíceis acessos", explicou Robalo Simões, segundo comandante distrital de Viana do Castelo.
"As pessoas estão habituadas a queimar sobrantes nesta altura do ano, mas as temperaturas estão muito altas e a humidade é baixa", acrescentou, explicando estar em curso um alerta para evitar queimadas.
Em Viseu, o incêndio de S. Pedro de France consumiu vinte hectares de floresta, originou milhares de euros de prejuízos e obrigou a cortar a EN 229, que liga Viseu ao Sátão. Em poucas horas o fogo "comeu uma vasta área de pinhal e eucaliptal", conta o comandante dos Bombeiros Municipais de Viseu. A ajudar a progressão das chamas esteve "o vento e o acidentado do terreno, um enorme valeiro onde havia uma plantação de eucalipto", adianta Jorge Antunes.
O fogo começou cedo e o vento impeliu as chamas a "uma velocidade medonha", relata Manuel Sousa, agricultor naquela região. Às 13 horas, "o risco para a circulação rodoviária"obrigou a cortar a estrada, explicou Américo Nunes, vereador da Câmara de Viseu".
Amadeu Araújo, Paulo Julião, Com Rita Carvalho, Diário de Notícias, 23/Março/2009
Só na última semana registaram-se mais de mil incêndios em todo o território. Um número superior aqueles que tinham deflagrado desde o início do ano, 898. Estas estatísticas aproximam-se, perigosamente, das de 2005, quando o País viveu um dos piores anos de sempre, e já levaram a Liga de Bombeiros Portugueses a deixar o alerta. "Este vai ser um ano preocupante, muito diferente dos últimos dois", disse ao DN o presidente Duarte Caldeira.
O dia de ontem veio reforçar ainda mais a preocupação, com mais de uma dezena de fogos no Norte e Centro do País. As chamas voltaram a rondar a Mata de Albergaria, no Gerês, e no distrito de Viseu obrigaram até a cortar uma estrada nacional.
No Parque Natural da Peneda Gerês, diversos fogos fustigaram durante horas, e de forma descontrolada, vários concelhos dos distritos de Viana do Castelo e Braga. As queimadas são agora a maior preocupação, dadas as altas temperaturas, garantem os bombeiros.
O incêndio mais grave registou-se em Terras de Bouro, junto à Mata da Albergaria, zona com o estatuto de reserva europeia da biodiversidade, constituída por um carvalhal secular que inclui espécies características da fauna e flora.
A combater as chamas chegaram a estar 70 elementos dos bombeiros, GNR, sapadores florestais, eInstituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade, bem como uma dezena de bombeiros espanhóis e um helicóptero Kamov.
No distrito de Viana do Castelo, uma centena de pessoas combateram três grandes focos que destruíram mato em pleno parque, entre os concelhos de Melgaço, Ponte da Barca (Soajo e Paradela) e Arcos de Valdevez (Parada).
"Ao final do dia a situação mais complicada era em Melgaço, na zona de Castro Laboreiro. Não está fácil, porque é uma zona de difíceis acessos", explicou Robalo Simões, segundo comandante distrital de Viana do Castelo.
"As pessoas estão habituadas a queimar sobrantes nesta altura do ano, mas as temperaturas estão muito altas e a humidade é baixa", acrescentou, explicando estar em curso um alerta para evitar queimadas.
Em Viseu, o incêndio de S. Pedro de France consumiu vinte hectares de floresta, originou milhares de euros de prejuízos e obrigou a cortar a EN 229, que liga Viseu ao Sátão. Em poucas horas o fogo "comeu uma vasta área de pinhal e eucaliptal", conta o comandante dos Bombeiros Municipais de Viseu. A ajudar a progressão das chamas esteve "o vento e o acidentado do terreno, um enorme valeiro onde havia uma plantação de eucalipto", adianta Jorge Antunes.
O fogo começou cedo e o vento impeliu as chamas a "uma velocidade medonha", relata Manuel Sousa, agricultor naquela região. Às 13 horas, "o risco para a circulação rodoviária"obrigou a cortar a estrada, explicou Américo Nunes, vereador da Câmara de Viseu".
Amadeu Araújo, Paulo Julião, Com Rita Carvalho, Diário de Notícias, 23/Março/2009
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