"São considerados uma das heranças do Euro 2004, realizado em Portugal, mas, ao contrário de outros equipamentos, conseguiram encontrar uma forma de rentabilização após a competição. São os centros de estágio desportivo que têm ao longo dos anos contribuído positivamente para evolução de modalidades e desportistas nacionais mas, sobretudo, para dinamizar as regiões onde estão inseridos.
A renovação das infra-estruturas desportivas, das vias de comunicação e até de algumas unidades hoteleiras são frequentemente consideradas como uma das boas heranças deixadas após a realização do Euro 2004, em Portugal.
Mas talvez um dos melhores exemplos de equipamentos que conseguiram, volvidos cinco anos após a competição, manter-se no caminho da renovação, e, sobretudo, da rentabilização, são os centros de estágios, valências especialmente concebidas para acolher as equipas e desportistas profissionais e amadores, com instalações que, num único espaço, conseguem responder a todas as necessidades dos grupos de trabalho.
A criação destes equipamentos conseguiu não só ser uma mais-valia para a comunidade desportiva nacional, sobretudo no capítulo de futebol, mas, essencialmente, dinamizar regiões inteiras, funcionando como novos pólos de atracção turística e de renovação de vários sectores económico-sociais.
Um bom exemplo desta estratégia está patente em Melgaço. A vila mais a norte de Portugal percebeu que uma das formas de combater a sua localização periférica poderia ser com a construção de um moderno equipamento desportivo, preparado para responder às necessidades de várias modalidades.
António Solheiro*, presidente da Câmara Municipal de Melgaço, garantiu ao DN que a decisão de investir 15 milhões de euros nesta valência acabou por ser compensada com o acentuado desenvolvimento da sua região após a construção do complexo.
"São infra-estruturas que chamam mais pessoas a Melgaço, o que acaba por se reflectir na economia local. Desde que temos este equipamento, já foi construído na região um hotel de referência, uma pousada da juventude, e agora temos um pólo de ensino superior", enumerou o autarca, lembrando que o seu município pode agora "responder às necessidades dos desportos de alta competição e dos turistas ou visitantes que têm uma oferta variada em Melgaço. O investimento anual que fazemos a manter o centro de estágio compensa os benefícios que traz à economia da região".
Também neste capítulo de dinamização de regiões, mas já num plano mais próximo das grandes cidades, surge o Centro de Estágios de Rio Maior, a cerca de 90 quilómetros de Lisboa, que consegue agora atrair para uma área anteriormente pouco valorizada, milhares de desportistas. O Centro de Estágios e Formação Desportiva de Rio Maior, preparado para acolher as mais variadas modalidades, tem ainda capacidade para hospedar mais de 100 pessoas nas suas instalações, em condições em tudo semelhantes a um hotel.
Outro dos exemplos frequentes neste tipo de instalações desportivas surge na simbiose entre o conforto das unidades hoteleiras e a proximidade de centros de estágios. Ofir, em Esposende, e Quiaios, na Figueira da Foz, conseguiram conjugar o investimento privado em unidades hoteleiras de qualidade, com centro de estágios privados, ou municipais, que permitem taxas de ocupação frequentes durante o ano.
Na Beira Alta, cidades como Guarda, Seia, Gouveia, ou Celorico, também já começam a dar os primeiros passos neste rumo, conseguindo, nos últimos anos, oferecer condições para que algumas das principais equipas de futebol nacionais procurem na região tranquilidade e bons equipamentos, mas, sobretudo, preços competitivos.
Não tão generosos para os orçamentos, mas sempre muito procurados, principalmente por equipas e atletas estrangeiros, surgem alguns dos equipamentos do Algarve.
Não só o estádio Faro/Loulé, construído para o Euro 2004, mas, essencialmente, diversas unidades hoteleiras e o bom clima, que proporcionam boas condições de trabalho para as equipas que procuram a região, durante todo o ano, nomeadamente as cujos campeonatos param no Inverno devido às condições rigorosas".
Fonte: José Pedro Gomes, Diário de Notícias, 21 / Julho /2009
Mas talvez um dos melhores exemplos de equipamentos que conseguiram, volvidos cinco anos após a competição, manter-se no caminho da renovação, e, sobretudo, da rentabilização, são os centros de estágios, valências especialmente concebidas para acolher as equipas e desportistas profissionais e amadores, com instalações que, num único espaço, conseguem responder a todas as necessidades dos grupos de trabalho.
A criação destes equipamentos conseguiu não só ser uma mais-valia para a comunidade desportiva nacional, sobretudo no capítulo de futebol, mas, essencialmente, dinamizar regiões inteiras, funcionando como novos pólos de atracção turística e de renovação de vários sectores económico-sociais.
Um bom exemplo desta estratégia está patente em Melgaço. A vila mais a norte de Portugal percebeu que uma das formas de combater a sua localização periférica poderia ser com a construção de um moderno equipamento desportivo, preparado para responder às necessidades de várias modalidades.
António Solheiro*, presidente da Câmara Municipal de Melgaço, garantiu ao DN que a decisão de investir 15 milhões de euros nesta valência acabou por ser compensada com o acentuado desenvolvimento da sua região após a construção do complexo.
"São infra-estruturas que chamam mais pessoas a Melgaço, o que acaba por se reflectir na economia local. Desde que temos este equipamento, já foi construído na região um hotel de referência, uma pousada da juventude, e agora temos um pólo de ensino superior", enumerou o autarca, lembrando que o seu município pode agora "responder às necessidades dos desportos de alta competição e dos turistas ou visitantes que têm uma oferta variada em Melgaço. O investimento anual que fazemos a manter o centro de estágio compensa os benefícios que traz à economia da região".
Também neste capítulo de dinamização de regiões, mas já num plano mais próximo das grandes cidades, surge o Centro de Estágios de Rio Maior, a cerca de 90 quilómetros de Lisboa, que consegue agora atrair para uma área anteriormente pouco valorizada, milhares de desportistas. O Centro de Estágios e Formação Desportiva de Rio Maior, preparado para acolher as mais variadas modalidades, tem ainda capacidade para hospedar mais de 100 pessoas nas suas instalações, em condições em tudo semelhantes a um hotel.
Outro dos exemplos frequentes neste tipo de instalações desportivas surge na simbiose entre o conforto das unidades hoteleiras e a proximidade de centros de estágios. Ofir, em Esposende, e Quiaios, na Figueira da Foz, conseguiram conjugar o investimento privado em unidades hoteleiras de qualidade, com centro de estágios privados, ou municipais, que permitem taxas de ocupação frequentes durante o ano.
Na Beira Alta, cidades como Guarda, Seia, Gouveia, ou Celorico, também já começam a dar os primeiros passos neste rumo, conseguindo, nos últimos anos, oferecer condições para que algumas das principais equipas de futebol nacionais procurem na região tranquilidade e bons equipamentos, mas, sobretudo, preços competitivos.
Não tão generosos para os orçamentos, mas sempre muito procurados, principalmente por equipas e atletas estrangeiros, surgem alguns dos equipamentos do Algarve.
Não só o estádio Faro/Loulé, construído para o Euro 2004, mas, essencialmente, diversas unidades hoteleiras e o bom clima, que proporcionam boas condições de trabalho para as equipas que procuram a região, durante todo o ano, nomeadamente as cujos campeonatos param no Inverno devido às condições rigorosas".
Fonte: José Pedro Gomes, Diário de Notícias, 21 / Julho /2009
* Não é António, e sim Rui Solheiro.
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