"Durante o mês de Agosto arderam 8162 hectares no Parque Nacional da Peneda-Gerês, correspondendo a 11,7 por cento da área total daquela área protegida. Mais de 3500 arderam na Mata do Cabril, revelou hoje o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).
Os maiores fogos aconteceram na Mata do Cabril, onde em 15 dias arderam 3529 hectares, no Soajo (2465 hectares), em Vilar da Veiga (1479 hectares) e em Fafião (689 hectares).
Na Mata do Cabril o fogo afectou sobretudo o carvalhal (tendo ardido 272,87 hectares) e depois povoamentos mistos de folhosas e resinosas (13 hectares).
Da área ardida no parque, 82 por cento aconteceu em ambiente rural, ou seja, em áreas onde existem actividades humanas, e 18 por cento em áreas de conservação da natureza.
Segundo os dados do ICNB, arderam 724 hectares em Zonas de Protecção Total (a maior parte na Mata do Cabril), correspondendo a 26 por cento da área de protecção total do Parque Nacional.
Os fogos começaram, sobretudo, fora do perímetro do Parque Nacional, avança aquele instituto.
Mas o fogo fustigou também outra área protegida, o Parque Natural da Serra da Estrela. De 1 a 20 de Agosto arderam 4878 hectares, correspondendo a 5,53 por cento da área total do parque.
O ICNB destaca como os maiores incêndios os ocorridos na Aldeia da Serra (4610 hectares), Nabais (216 hectares), Aldeia Viçosa (36 hectares) e Vale de Azares (dez hectares).
“A área de maior intervenção humana tem a esmagadora percentagem da área ardida, com mais de 85 por cento”, segundo o instituto.
Entre os valores naturais afectados, o ICNB destaca os 720 hectares na Reserva Biogenética (cerca de 15 por cento da área ardida), a destruição de um ninho de falcão peregrino, a afectação de um núcleo de teixos e a forte afectação da vegetação de algumas linhas de água.
Contrariamente ao que aconteceu na Peneda-Gerês, a maioria dos incêndios começou dentro dos limites do Parque Natural ou nas suas imediações".

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