" O ministro do Ambiente deixou, esta sexta-feira, em Vila Real, a garantia de que a adesão do Parque Nacional da Peneda-Gerês à rede de excelência PAN PARKS vai ser feita de molde a "não colidir com os interesses das populações locais".
É que para ostentar aquele título de privilégio, único na Península Ibérica, o Parque Nacional da Peneda-Gerês tem de ter uma área onde não exista qualquer intervenção humana. A delimitação dessa zona terá de ser discutida com os responsáveis pela rede PAN PARKS, mas pode, eventualmente, atingir os cinco mil hectares.
Porém, as restrições impostas podem tornar-se incompatíveis, nomeadamente, com a actividade dos pastores. Daí que seja necessário "encontrar uma solução para não entrar em conflito com o pastoreio no Parque", garantiu Nunes Correia.
Esta solução é uma das tarefas em que o novo director do Departamento de Gestão das Áreas Classificadas do Norte, Lagido Domingos, terá de se empenhar a fundo. Terá pela frente, certamente, muita contestação, já que os habitantes das povoações da Peneda-Gerês abrangidas pela nova classificação, não estarão propriamente dispostas a abrir mão de alguns direitos adquiridos ao longo de gerações.
O ministro parece saber o que poderá surgir pela frente e promete "ter esses direitos históricos das populações em conta". Não obstante as dificuldades esperadas, Nunes Correia não admite, pelo menos por enquanto, a eventual desistência da rede PAN PARKS. "Admito, apenas, fazer tudo até ao fim para conciliar as duas coisas", frisou."
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