O dono do "Husky Siberian" não parava de lhe fazer carícias, de lhe dar mimos. Eram quase sete da tarde e momentos antes tinha passeado o "elegante canídeo" diante do júri e estava orgulhoso. Também ele sorria perante os colegas e o público.
"É muito bonito e o júri foi feliz na escolha", elogiou, ao JN, Luís Pinto Teixeira, vice-presidente do Clube Português de Canicultura, organizador do certame. Feitas as contas, o "Husky Siberian" de pêlo branco já tinha sido classificado, por grupos, para chegar à grande final e o dono mais contente ficou quando foi anunciado o primeiro lugar. Este facto fará, no futuro, aumentar a cotação (leia-se mais dinheiro na venda) no exigente mercado dos cães de raça do mundo.
"Aqui não distribuímos prémios com valor pecuniário. Antes, prémios classificativos. Os donos dos cães sabem que, caso obtenham bons prémios nos concursos, podem, mais tarde, vender por melhores preços os animais. É o mercado a funcionar", adiantou, ao JN, o dirigente do Clube Português de Canicultura (CPC). Perante a inevitável pergunta se em Portugal existe, ou não, muita gente a criar cães de raça, Luís Pinto Teixeira não tem dúvidas: "Já houve mais. O nosso mercado é escasso. Aqui ao lado, em Espanha, tudo é diferente e mais ainda no Norte da Europa, na Inglaterra e na Suécia. Por exemplo, um pastor alemão pode atingir cerca de 50 mil euros", garantiu o dirigente do CPC.
Explicações à parte, sucedia-se a maratona de desfiles e a curiosidade aumentou quando entrou no recinto os cães de raças portuguesas, entre os quais, da Serra de Aires, Barbado da Terceira, de Castro Laboreiro e de S. Miguel, Açores, da Serra da Estrela e o Cão d'Água que, poderá ser o favorito do presidente dos EUA. Marta Flores Ribeiro exibiu ontem um exemplar na Exponor e apesar de não ter recebido um prémio estava feliz: "Este animal é especial. Toma banho todas as semanas e tem uma alimentação bastane cuidada. Em Julho ganhou o Campeonato do Mundo realizado na Suécia", contou.
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